Sítio paleontológico de Cruzeiro do Oeste se consolida
"Pesquisadores desde 2011 têm feito trabalhos no local" (Foto: Universidade do Contestado/Divulgação)

Pesquisas

Sítio paleontológico de Cruzeiro do Oeste se consolida

Paraná por Victor Simião em 26/08/2019 - 10:51

Em oito anos de escavações, quatro descobertas foram feitas. Coordenadora do local diz que novos trabalhos devem ser apresentados em breve.

Atualização às 15h30 de terça-feira (27): Diferentemente do que tinha sido informado, o sítio em Cruzeiro do Oeste não é arqueológico e sim paleontológico. 

2019 tem sido um ano importante para a paleontologia brasileira, principalmente no que se refere às pesquisas em Cruzeiro do Oeste. Em junho deste ano, foi divulgada a descoberta de fósseis do “Vespersaurus paranaensis”, o primeiro registro de um dinossauro no Paraná. Agora, em agosto,  pesquisadores publicaram um trabalho sobre o pterossauro “Keresdrakon vilsoni”, que viveu á  pelo menos 80 milhões de anos também em Cruzeiro.

Os registros desses animais foram encontrados no mesmo sítio paleontológico da cidade.  Mesmo o ano tendo sido bom,  não se pode esquecer da história.

O sítio foi descoberto em 1971, quando o proprietário percebeu que os fósseis eram de alguma coisa importante. Mostras do material foram levadas para a Universidade Estadual de Ponta Grossa. Lá, o conteúdo ficou guardado, mas pouco explorado até 2011. Naquele ano, o geólogo Paulo César Manzig teve acesso ao material na UEPG e foi conhecer o sítio em Cruzeiro do Oeste. Daí materiais escavados foram levados para Mafra, Santa Catarina, na Universidade do Contestado.

De lá para cá, foram feitas quatro descobertas: além do pterossauro e do dinossauro neste ano, em anos anteriores foram encontrados registros de outro pterossauro e de um lagarto. Todos na mesma região de Cruzeiro.

O local, agora, fica sob a guarda da Prefeitura da cidade e do Museu de Paleontologia do município. Pesquisadores de outros países têm se interessado pelo campo. O Museu, aliás, foi criado neste ano.

A coordenadora do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste, Neurídes Martins, disse que agora há condições de se fazer pesquisas ali mesmo, sem precisar tirar o material da cidade.

No caso do pterossauro “Karesdrakon vilsoni”, cuja descoberta foi publicada há poucos dias e está sob a responsabilidade da Universidade do Contestado, Neurídes queria que o nome fosse outro – um título que homenageasse a região.

O Museu Paleontológico foi criado neste ano, mas os planos são ambiciosos. O interesse é ampliar o espaço e desenvolver um parque temático.

O sítio paleontológico tem 400 metros quadrados. Somente 20 metros foram escavados até o momento. O que significa que ainda há muito a ser descoberto. 

Respeitamos sua privacidade

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade