A tradição da poesia oral vem de muito tempo. Os épicos “Ilíada” e “Odisseia”, atribuídos a Homero, são do século VIII A.C. E eram declamados em voz alta.
Se no século passado a poesia ficou resguardada e aos livros e aos intelectuais, pelo menos desde 1980 nos Estados Unidos o cenário vem mudando. Campeonatos de poesia – chamados de Poetry Slam - têm ocorrido por lá. E chegaram ao Brasil nos últimos anos também.
Em Maringá, desde o ano passado um grupo realiza essas ações em espaços públicos: é Slam Pé Vermelho.
Funciona mais um menos assim: os interessados se inscrevem, se apresentam com poemas originais em até três minutos e aí são avaliados pelos jurados – na hora.
O texto poético pode ser sobre qualquer assunto – mas temáticas sociais têm se destacado.
No dia 19 de maio, por exemplo, o poeta Bolinha Podre participou e venceu uma batalha. O poema dele contou a história do Zé – uma crítica ao racismo no Brasil.
O grupo Slam Pé Vermelho agora prepara mais uma edição da batalha. É nessa terça-feira (28), a partir das 18h30, na Biblioteca do Parque das Palmeiras, por conta do aniversário de 25 anos do local.
A ação é aberta ao público, explica uma das organizadoras, Érica Paiva.
A professora, redatora e também poeta Ana Favorin lembra que o Slam mostra que os poetas estão vivos e nas ruas.
O Slam Pé Vermelho tem ocorrido mensalmente. Mais informações podem ser obtidas pela internet, no Facebook. É só procurar por Slam Pé Vermelho. Slam se inscrever da seguinte forma: S-L-A-M.