Era dezembro de 2003 e nove funcionários da Vivo de Maringá voltavam de uma confraternização de fim de ano em Curitiba quando a Van em que eles estavam derrapou na pista.
O veículo bateu contra um caminhão na pista contrária e todos os ocupantes da van morreram na hora.
O acidente foi provocado pela lama que estava na pista. A perícia apontou que a lama foi consequência de um vazamento de água de uma tubulação da Sanepar.
A apuração apontou também que a lama permaneceu na pista por mais de dez horas sem que a concessionária de rodovias Rodonorte tivesse sinalizado ou limpado o local.
16 anos depois, o Tribunal de Justiça do Paraná reconheceu a responsabilidade das empresas no acidente e condenou as duas ao pagamento de indenização às famílias dos funcionários da Vivo e do motorista da van, como explica o advogado César Eduardo Mizael de Andrade. [ouça no áudio acima]
Mas a batalha jurídica ainda não terminou. Cabe recurso e o risco é que o sofrimento se prolongue por mais anos ainda. [ouça no áudio acima]
Em nota a Rodonorte informou que:
“A CCR RodoNorte acompanhou a sessão de julgamento da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, ocorrida no dia 10 de setembro de 2020, na qual houve o julgamento do recurso de apelação interposto contra a sentença que condenou exclusivamente a concessionária à reparação dos danos às vítimas. Na sessão, a CCR RodoNorte teve conhecimento do êxito parcial de seu recurso, a fim de que fosse reconhecida a responsabilidade solidária da Sanepar para o evento.
A CCR RodoNorte está aguardando ser intimada da íntegra do acórdão, a fim de que possa analisar a decisão de forma mais detalhada e, caso necessário, apresentar eventuais medidas cabíveis.”
E a Sanepar divulgou a seguinte nota:
“O Departamento Jurídico da Sanepar está analisando a decisão judicial para definir a medida a ser adotada pela Companhia, levando-se em consideração que ainda cabem recursos.”