O Sindicato dos Trabalhadores em Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar) recusou, em assembleia realizada na segunda-feira (24), a nova proposta de reajuste das empresas Transporte Coletivo Cidade Canção e Cidade Verde. A proposta analisada previa reajuste de 4,5% no salário e 15% no vale alimentação, o que foi reprovado pela categoria, que exige reajuste salarial de 7% e um valor de R$ 600 no vale alimentação, além de redução no horário de almoço de quatro para duas horas. Com a rejeição da proposta apresentada, a classe patronal teria 72 horas para tentar uma nova negociação. O prazo vence nesta quinta-feira (27), mas o vice-presidente do sindicato que representa os trabalhadores, Emerson Silva, diz que vão esperar até o fim de semana. Se a nova proposta não vier, a greve começa na próxima segunda (31). [ouça o áudio acima]
Por dia, são realizadas cerca de 90 mil viagens de ônibus na cidade. A paralisação afetaria milhares de trabalhadores de Maringá e região, já que a empresa Cidade Verde atende os municípios de Paiçandu, Sarandi, Doutor Camargo, Ivatuba, Floresta e Itambé. Nesta terça-feira (25), em entrevista à CBN Maringá, o advogado que representa as empresas disse que não deve haver uma nova proposta por parte da classe patronal, porque a que foi apresentada vai além da inflação e representa ganho real aos trabalhadores, sendo fundamentada no possível e viável custeio do sistema. No entanto, a proposta foi rejeitada por 92% dos trabalhadores. O vice-presidente do Sinttromar diz que a administração municipal poderia intermediar as negociações. [ouça o áudio acima]
A reportagem da CBN tenta contato com a Prefeitura de Maringá para esclarecer se haverá interferência nas negociações antes da data prevista para o início da greve, bem como com o Departamento de Estradas e Rodagem, uma vez que O DER/PR é o órgão responsável por regular e fiscalizar as atividades de transporte comercial de passageiros intermunicipais no Paraná.
A Prefeitura de Maringá se manifestou por meio de nota. Leia na íntegra:
"Trata-se de uma negociação privada, entre a empresa e seus funcionários. A Prefeitura de Maringá monitora a situação e cobra agilidade na negociação para garantir o atendimento à população. A gestão municipal reforça que ampliou o valor do subsídio municipal para custear o serviço e garantir o preço baixo da tarifa para a população."
(atualização em 27/07, às 14h): O Departamento de Estradas e Rodagem (DER) respondeu também por meio de nota. Leia:
'O DER/PR informa que é o responsável pela coordenação do sistema de transporte comercial intermunicipal de passageiros, que visa garantir aos usuários a oferta do serviço na maneira mais abrangente possível, facilitando o deslocamento entre os municípios do Paraná por meio de transporte coletivo.
O DER/PR informa que não cabe penalização à empresa operadora da concessão das linhas metropolitanas mencionadas, salvo em casos que a paralisação dos serviços é incentivada pela mesma, o que não se aplica à situação atual'
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