A Universidade Estadual de Maringá estima que 20 bolsas devam ser cortadas até o fim deste mês. São aquelas financiadas pela Capes, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A fundação, ligada ao Ministério da Educação, anunciou o corte de cinco mil bolsas nessa segunda-feira (02) devido a dificuldades orçamentárias. A UEM foi notificada na manhã desta terça-feira (03).
A universidade estima o corte porque nenhuma bolsa de fato foi retirada ainda. O que deve acontecer é que as bolsas que forem liberadas por conta do término das pesquisas vigentes na pós-graduação não serão repassadas.
Esta é a segunda decisão da Capes envolvendo cortes. A primeira, no primeiro semestre do ano, tirou 12 bolsas de pós- graduação da UEM. A fundação também anunciou que cortaria outras 25 ao longo do ano devido ao conceito baixo de alguns programas.
No mês passado, o CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, cortou seis bolsas da universidade: três de iniciação científica e três no doutorado em física. Em todo o Brasil foram 4.500 cortes de bolsas do CNPq, e a justificativa foi orçamentária.
Atualmente a UEM tem 56 programas de pós-graduação, entre mestrado e doutorado – e oferta em torno de 700 bolsas (número que varia).
Os valores pagos são R$ 400 para iniciação científica, R$ 1.500 para mestrado e R$ 2.200 para doutorado.
O Diretor de Pesquisa da UEM, professor Luiz Cótica, disse que ainda tudo é muito nebuloso quanto à decisão. Mas a estimativa é que neste mês a instituição deixe de ofertar 20 bolsas.
Corte de bolsas não é o mesmo que corte de vagas. A questão é que, para muitos pesquisadores, não ter auxilio inviabiliza o trabalho. E aí a universidade teme perder projetos por falta de interesse dos novos cientistas.