UEM faz replantio em compensação as dez árvores que 'sumiram' do câmpus
Carina Bernardino/CBN Maringá

Multa

UEM faz replantio em compensação as dez árvores que 'sumiram' do câmpus

Meio Ambiente por Carina Bernardino em 01/02/2019 - 11:33

Uma delas era da espécie pau-brasil, plantada no local há 25 anos. A Sema diz que a instituição será multada pelo corte das árvores sem autorização. A Universidade criou uma comissão para investigar o caso.

A denúncia do "sumiço" de dez árvores do Parque Ecológico da Universidade Estadual de Maringá foi feita na última segunda-feira (28). Uma professora de biologia, que utilizava o local para aulas acadêmicas, percebeu a ausência das espécies e formalizou a denúncia para a reitoria.

A assessora do Comitê Gestor Ambiental da UEM, Elenice Tavares, diz que os cortes sem autorização ocorreram durante o recesso administrativo, mas que a instituição ainda não sabe quem foi o responsável pelas remoções. Uma comissão foi criada para apurar a denúncia.

A UEM deve ser multada pelo corte irregular das árvores. A secretaria de Meio Ambiente de Maringá diz que a multa vai variar entre R$ 1mil e R$ 10 mil por cada árvore cortada e o valor será de calculado de acordo com a espécie extraída. A espécie pau-brasil foi plantada no local em 1994. Outra espécie nativa tem data de plantio de 1989.

Ainda sobre a espécie pau-brasil, a árvore está listada pelo Ministério do Meio Ambiente como ameaçada de extinção. Um abaixo-assinado circula pela internet denunciando os cortes irregulares. O replantio que ocorre nesta sexta-feira é das mesmas espécies cortadas.

ESPÉCIES CORTADAS

No total foram abatidas 10 árvores, sendo elas:

a) Pau-brasil (Paubrasilia echinata, com nome antigo de Caesalpinia echinata), árvore símbolo de nosso país, protegida pela legislação brasileira e, portanto, imune ao corte. Constante do Livro vermelho da Flora Brasileira na condição de “Em perigo” de extinção.

b) Pau-marfim (Balfourodendron riedelianum), árvore de médio a grande porte, típica das florestas de nossa região, em situação de “quase ameaçada”. Nota-se que o exemplar estava em fase de frutificação, o que torna seu corte um crime ainda mais expressivo.

c) Sabonete-de-soldado (Sapindus saponaria), árvore de médio porte, nativa e típica de nossa região.

d) Pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii), gimnosperma nativa das florestas paranaenses e um dos únicos exemplares (o outro está no parque ecológico), do Campus, para uso nas aulas práticas de botânica.

e) Ipê-roxo (Handroanthus sp.), árvore de médio porte nativa e típica de nossa região.

f) Ipê-amarelo (Handroanthus sp.), árvore de médio porte nativa do Brasil, e cultivada devido à exuberância de sua floração amarela.

g) Jatobá (Hymenaea courbaril), árvore de médio a grande porte nativa de nossa região.

h) Pata-de-vaca (Bauhinia sp.), árvore de médio porte, nativa do Brasil, cultiva devido à sombra que fornece e à beleza de suas flores.

i) Murta-de-cheiro (Murraya paniculata), árvore de pequeno porte não nativa do Brasil, mas cultivada devido ao odor agradável de suas flores.

j) Indeterminada, árvore vigorosa com caule recoberto por lenticelas.

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