Ao todo, a Universidade Estadual de Maringá perdeu seis bolsas: três de iniciação científica e três no doutorado em física. A medida aconteceu após o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) ter anunciado o corte de 4.500 bolsas na quinta-feira (15). Na sexta-feira (16), o ouvinte da CBN ouviu em primeira mão que o corte tinha retirado três bolsas até aquele momento. A UEM daí atualizou o levantamento e informou à reportagem que, agora, são seis cortes. O corte aconteceu nas chamadas bolsas ociosas – ou seja, aquelas que estavam paradas após um aluno ter encerrado o projeto.
A iniciação cientifica é para alunos de graduação; o doutorado é na pós-graduação.
Segundo dados do CNPq, há 27 mil bolsas para iniciação científica (graduação), 8.650 para mestrado e 8.600 para doutorado. Os valores pagos são R$ 400, R$ 1.500 e R$ 2.200, respectivamente.
A decisão é do Governo Federal, e o motivo é a o reajuste de gastos. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, pasta onde o CNPq está, disse negociar com a Casa Civil a liberação de crédito suplementar para evitar a suspensão de pagamentos a bolsistas.
O professor Luiz Cótica, diretor de pesquisa da UEM, disse à CBN na sexta-feira (19) que cortes na pesquisa prejudicam não só a ciência como a possibilidade o próprio aluno se manter na instituição.
No primeiro semestre houve um primeiro corte de bolsas, mas daí foi pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) envolvendo pontuação de programas de pós-graduação.
Em junho, UEM foi informada pela Capes que perderia 25 bolsas ao longo do ano em três programas, conforme os projetos fossem encerrados. Outras 12 bolsas já tinham sido congeladas.
Atualmente a UEM tem 56 programas de pós-graduação, entre mestrado e doutorado – e oferta 610 bolsas. Cerca de 300 são do CNPq.
A instituição tem 17 mil alunos ao todo.