A Unespar, Universidade Estadual do Paraná, está com aulas remotas. Desde o início da pandemia do coronavírus, em março, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da universidade aprovou a medida. Quase todos os colegiados, responsáveis pelos cursos, seguiram a determinação. A Unespar tem em todo de 10 mil alunos em sete campi. A reitoria fica em Paranavaí. Outro campus próximo a Maringá é o de Campo Mourão.
As atividades presenciais foram suspensas. Aí, algumas medidas foram tomadas: as aulas são feitas por plataformas online.
Para uma professora consultada pela CBN, é uma medida “menos pior”: dessa forma, estudantes não perdem o ano letivo. Mas o ideal, mesmo, seria ter aula presencial - algo impossível devido à Covid-19, avalia a docente.
Para manter o ano letivo, a Unespar permitiu a quem quisesse que trancasse a matrícula. Não haverá prejuízos quando o aluno retornar de forma presencial, tendo o mesmo tempo permitido para a conclusão do curso. Outras alternativas estão sendo analisadas, segundo a instituição.
A reportagem solicitou dados sobre cancelamentos de matrículas, mas a resposta da assessoria de imprensa é a de que houve mudanças no sistema e que não havia informações consolidadas quanto a isso.
A pró-reitora de ensino de graduação, professora Maria Simone Novak, diz que tem havido grande esforço acadêmico no momento. E ela sabe que há sobrecarga para os docentes e alunos. [ouça no áudio acima]
A estudante de letras da Unespar Dayhara Martins avalia de forma crítica o ensino remoto. Há dificuldades em prestar atenção e tirar dúvidas, diz. [ouça no áudio acima]
Um dos representantes do movimento estudantil “Marielle Franco”, na Unespar, Lucas Lima é estudante de história. Ele entende que tem havido o sucateamento da educação por parte dos governos estadual e federal. E o fato de ter ensino remoto sem uma estrutura preparada para isso é preocupante. [ouça no áudio acima]
No Paraná, as instituições de ensino superior estaduais suspenderam as aulas em março, devido à Convid-19. Algumas já retornaram com ensino remoto, como é o caso da UEL, de Londrina, e a UEPG, de Ponta Grossa. A Unicentro, de Guarapuava começa na semana que vem. De Jacarezinho, a UENP segue em suspensão. A Unioeste, que tem diversos campi, ainda não tem data para o retorno. A UEM aprovou nessa quarta-feira (23) a volta às aulas de forma remota a partir de agosto.
Em cada uma dessas instituições há algumas diferenças sobre como fazer o retorno das aulas e também os calendários acadêmicos.
A Unespar foi a única que não suspendeu, embora tenha deixado a adesão ao ensino remoto sob a responsabilidade de cada colegiado.