A notícia de que o Projeto de Lei 552/2022 que altera a gestão dos Hospitais Universitários das universidades estaduais do Oeste do Paraná, de Londrina (UEL), de Maringá (UEM) e de Ponta Grossa (UEPG), gerou uma série de reações, inclusive, da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp).
Diante da informação de que o PL estaria sendo encaminhado em regime de urgência para a votação dos deputados, uma reunião foi realizada entre o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o superintendente geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) do Paraná, Aldo Bona, e representantes das universidades estaduais. A reclamação é que o texto foi elaborado sem a participação das universidades.
De acordo com o secretário Beto Preto “o PL garante a autonomia das universidades, o compromisso de financiamento público dos HUs e a não interferência no funcionamento das inúmeras atividades didático-pedagógicas primordiais para a qualidade da assistência e a contínua formação de profissionais da saúde.”
A reitoria e a direção do HU da UEM também se manifestaram, através de nota, em que se mostraram contrários à proposta de alteração do modelo de gestão dos hospitais universitários, apresentada pelo governo do Paraná à Assembleia Legislativa. “Os HUs, como hospitais de ensino, possuem características e especificidades que os diferem dos demais. A missão deles abrange a garantia da indissociabilidade do ensino, pesquisa, extensão e prestação de serviços de saúde e, sendo assim, a proposta de instituir a administração fundacional no âmbito dos HUs do Paraná requer a ampla participação das instituições na sua formulação, uma vez que impactará significativamente nos processos administrativos, assistenciais e acadêmicos hoje instituídos.”
O reitor da Universidade Estadual de Maringá, Leandro Vanalli, deve se manifestar à imprensa nos próximos dias. Os estudantes organizam uma manifestação às 18h desta terça-feira (6) em frente ao Hospital Universitário. Nos bastidores, a notícia é de que existe a possibilidade de que o PL seja retirado da pauta e as universidades chamadas para fazer parte das discussões desta proposta.
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