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Universidades públicas têm pauta de problemas e greve no calendário
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 23/05/2023 - 08:00Universidades estaduais no Paraná estão em greve. O movimento já está em andamento desde o dia 8 deste mês, mas algumas aderiram posteriormente a paralisação.
O Governo do Estado apontou um reajuste de 5,79%. Os docentes das universidades reclamam que a perda ultrapassa os 42%. É pouco, segundo os docentes, o que é oferecido pelo governador.
No final das contas é mais uma greve.
Para a sociedade, a prática de paralisação já se transformou em hábito e faz parte do calendário não oficial. Quem se matrícula em uma universidade pública estadual deve ter em mente que em determinado momento vai enfrentar uma paralisação.
Aqui, não faço a crítica a causa, mas sim a constante paralisação que destrói o valor do que é reivindicado e a importância das instituições.
O fator do desgaste na sociedade não é a veracidade das perdas que as instituições têm sofrido ao longo do tempo. Isso é fato.
O desgaste das instituições de ensino e pesquisa públicas é o desconhecimento de sua real função. Poucos tem ciência e consciência do papel que as universidades exercem na vida das pessoas.
Vale lembrar que a grande maioria não tem nenhum interesse de saber a função das universidades públicas. E as instituições de ensino do Paraná tem entre elas algumas das mais importantes do país.
Mais que salário, instituições necessitam de profissionais efetivos
Não poço deixar de lembrar que as universidades públicas do estado têm muitos professores que são colaboradores. Profissionais provisórios, com contrato por tempo determinado.
A estabilidade do emprego afeta a poucos. O principal problema das instituições são a falta de novos professores.
Diante desta realidade, o governo acaba por não contratar profissionais para reduzir o peso das instituições de ensino superior no orçamento e o problema de qualificação e desempenho acaba sendo uma ameaça silenciosa.
O problema das universidades públicas no país é sério, porém, vai mais além do que a questão salarial. E isso tem que se debatido.
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