A safra de grãos de verão da temporada 2020/21 pode ser afetada pelo excesso de chuvas neste mês de janeiro. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, a expectativa de produção é de 24,2 milhões de toneladas de grãos, 3% abaixo do que foi colhido na safra passada.
Em função da seca severa do ano passado, a safra 20/21 começou com o plantio atrasado. Em dezembro, as chuvas retornaram, o que ajudou na recuperação da lavoura. Mas agora, em janeiro, o excesso de chuvas já é prejudicial.
O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Salatiel Turra, explica a situação dos principais grãos cultivados nessa época do ano no Paraná, como soja, milho e feijão. [ouça no áudio acima]
A continuidade das chuvas pode provocar atraso na colheita, podendo haver redução de produtividade e de qualidade dos grãos, em função das doenças causadas pelo aumento da umidade. O produtor está enfrentando dificuldades para entrar no campo e fazer os tratos culturais necessários.
Segundo o Deral, o preço médio da soja no Paraná no mês de janeiro foi de R$ 151 a saca com 60 kg, valor quase que o dobro do preço praticado há um ano, quando a saca era comercializada a R$ 78. Os preços estão sendo sustentados pela cotação elevada do dólar e maior demanda no mercado internacional.
Com isso, os produtores estão acelerando a comercialização. Até agora, 43% da produção já está vendida, o que equivale a um volume de 8,9 milhões de toneladas. No ano passado, nessa mesma época, 26% da safra estava vendida, que correspondia a um volume de 5,2 milhões de toneladas.
Com informações da Agência de Notícias do Paraná.