Criada em junho deste ano, a CPI da Saúde caminha para a reta final. Após ouvir o secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto, a comissão não deve convocar mais ninguém para prestar depoimento. Na avaliação de parlamentares consultados pela CBN, a afirmação de Biatto que motivou a CPI foi um mal-entendido, como ele mesmo falou. Em maio, o secretário disse que o município pagava até três vezes mais na compra de produtos.
Ao longo dos trabalhos, a CPI solicitou relatórios, ouviu um empresário, dois secretários e um vereador.
O presidente da comissão, vereador Flávio Mantovani, diz que os próximos dias são para análise de documentos e preparação do relatório final.
BIatto prestou depoimento nessa terça-feira (04), na Câmara de Maringá. Justificou gastos com horas extras e disse que os dois remédios comprados acima do preço de mercado - de uma lista de 25 - não geraram prejuízos aos cofres públicos.
O relator da comissão é o vereador Sidnei Telles. Para ele, há ainda pontos a serem explicados. Telles, por exemplo, considera que a fala de Biatto que gerou a CPI trouxe custos ao município, mesmo que não se sustente; ele também quer mais informações sobre as compras de exames da Covid-19. Além disso, o fato de o município ter gasto a mais em ao menos dois remédios precisam de mais esclarecimentos.
A CPI é composta por cinco vereadores. O relatório final pode apresentar culpados ou não, e deve ser aprovado pela comissão e pelo plenário da Câmara de Maringá.