“Minha fala tem um mal-entendido”, diz Biatto à CPI da Saúde

O secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto, disse que a afirmação dele sobre a Prefeitura pagar até três vezes mais caro em produtos foi mal entendida e gerou interpretação inadequada. Biatto prestou depoimento à CPI da Saúde nesta terça-feira (04), na Câmara de Maringá. A comissão foi criada em junho em razão do secretário. Em maio, ele disse que a Prefeitura pagava até três vezes mais na compra de produtos. Depois, se explicou, dizendo que havia motivos para isso: burocracia e alta demanda.

Em depoimento na CPI, Biatto voltou a se justificar. E disse que os dados da Secretaria da Saúde mostram que a Prefeitura de Maringá paga o preço do mercado. [ouça no áudio acima]

Quando questionado sobre problemas achados em outras gestão, disse que houve auditoria interna e bloqueio de repasses. [ouça no áudio acima]

Documentos da Prefeitura de Maringá e do Observatório Social já foram analisados. Em resumo, de 25 itens avaliados, dois foram comprados por preços mais altos que o de mercado.

O vereador Flávio Mantovani é o presidente da CPI; Sidnei Telles é o relator.

Um secretário já tinha sido ouvido, assim como um vereador e um empresário.

Em um depoimento anterior, o secretário municipal de Patrimônio, Logística e Compras, Paulo Carstens, disse desconhecer gastos acima da média na saúde. Ele afirmou que havia encontrado problemas em gestões anteriores - e que os documentos já tinham sido enviados ao Ministério Público.

A CPI informou que afirmações sobre gestões passadas serão inseridas no relatório a ser enviado ao MP.

No momento, o Ministério Público também apura o caso.

A Prefeitura de Maringá já disse apoiar a CPI e que irá prestar todos os esclarecimentos necessários.