Cabeamento subterrâneo em Maringá é um projeto de longo prazo, dizem especialistas
Foto Ilustrativa: Câmara Municipal de Maringá

Planejamento

Cabeamento subterrâneo em Maringá é um projeto de longo prazo, dizem especialistas

Cidade por Victor Ramalho em 02/06/2022 - 16:36

Uma audiência pública sobre o tema foi realizada na noite dessa quarta-feira (1º), na Câmara de Maringá. Segundo estimativas da Copel, o custo da implantação do sistema é de R$ 5 mi por quilômetro de cabeamento.

O problema já é antigo, e basta ocorrer um temporal, para ele entrar novamente em pauta. O sistema de cabeamento de energia em Maringá foi assunto de uma audiência pública, realizada pela Comissão de Políticas Gerais da Câmara Municipal na noite dessa quarta-feira (1º).

O debate foi conduzido pela presidente da Comissão, vereadora Professora Ana Lúcia (PDT), que propôs um projeto pedindo a substituição gradual da atual rede de cabeamento por uma subterrânea, ou seja, que passe por baixo da terra. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo.

Durante o encontro, a parlamentar afirmou que o projeto quer propor um planejamento para que a ação seja colocada em prática. E ela lembra como a fiação convencional causa problemas durante os temporais, com a queda de árvores e, consequentemente, residências ficando sem energia elétrica. [ouça no áudio acima]

Autoridades do poder público, além de representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e da Companhia Paranaense de Energia (Copel) também estiveram presentes. Conforme a diretora-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (Ipplan), Bruna Barroca, a substituição da rede atual pela subterrânea é um projeto que deve ser discutido a longo prazo, por conta da complexidade do serviço. [ouça no áudio acima]

Maringá tem, atualmente, 36 quilômetros de cabeamento subterrâneo, a maior parte concentrada no entorno do Novo Centro, na avenida Horácio Racanello. Segundo estimativas da Copel, o custo da implantação é R$ 5 mi por quilômetro de cabeamento, 15x maior do que o da rede convencional.

De acordo com o representante da Copel na audiência, Roberto Ponce Martins, além do custo, a atual legislação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) impede uma implantação geral. A norma diz que a substituição da rede deve ser custeada pela parte interessada, e não pela população toda. [ouça no áudio acima]

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