É raro, mas acontece. Vez ou outra o cemitério de Maringá recebe os chamados ignorados. São corpos de pessoas que, por vários motivos, não têm identificação. Os principais são: não havia documento quando a morte aconteceu e ninguém da família procurou; e quando um cadáver é localizado em alguma área. Em 2018 e até o momento em 2019, 5 pessoas foram enterradas dessa forma. Dados do cemitério dão conta do seguinte: foram 3 homens e dois não identificados.
Não identificados?
Isso significa que o IML (Instituto Médico Legal) ou não conseguiu determinar o sexo do corpo encontrado ou só não registrou claramente no documento enviado para o local do enterro.
E como funciona o enterro dos não identificados?
A gente conversou com o gerente do Cemitério, Carlos Parolin. Ele explicou que existe um espaço dentro do cemitério para que os ignorados sejam enterrados – e também para pessoas que não têm condições de comprar um túmulo. O prazo de enterro ali é curto: 3 anos.
Atualmente, o Cemitério tem 30 mil sepulturas em Maringá. Várias delas são de famílias já. No caso da vaga para quem não tem condição de comprar ou para corpos ignorados, são 100 espaços reservados, que daí são renovados a cada três anos. Os ossos, depois, são guardados no ossuário.
Por ano, 600 túmulos têm sido construídos no Cemitério de Maringá.