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Um veículo pode ser tão letal quanto uma arma de fogo.
O trânsito mata e as famílias das vítimas esperam por Justiça. A punição é a melhor ou a única forma de trazer paz ao trânsito?
‘Crimes de trânsito: vigiar e punir?’, a última reportagem da série ‘O trânsito somos nós’.
Para todo acidente de trânsito com morte é aberto um inquérito policial. Maringá tem uma delegacia especializada em trânsito.
Nesta delegacia são investigados os crimes de trânsito. Em casos de acidentes com feridos, as vítimas têm seis meses para apresentar denúncia.
O delegado responsável, Fernando Garbelini, diz que os inquéritos apuram casos de maior potencial ofensivo, em que a pena prevista é superior a dois anos de reclusão. [ouça o áudio]
Segundo o delegado, os crimes de trânsito são mais fáceis de investigar do que outros tipos de crimes. Primeiro porque as câmeras de vigilância em Maringá, públicas e privadas, oferecem material farto para a apuração e segundo porque, ao contrário de outros crimes, são raras as testemunhas que se negam a colaborar. [ouça o áudio]
Até pouco tempo atrás, a Delegacia de Acidentes de Trânsito de Maringá tinha centenas de processos em andamento. Esse número caiu para menos de 40. A agilidade garante a punição para que o crime não caia no esquecimento, diz o delegado. [ouça o áudio]
Mas será que a punição é garantia de paz no trânsito? A Justiça Restaurativa é uma resposta para essa pergunta. Por meio da Justiça Restaurativa, o cidadão entende que é capaz de modificar a própria realidade, sem a tutela punitiva do Estado. O assunto foi tema de debate no evento sobre o trânsito promovido esta semana pela OAB Maringá, Polícia Rodoviária Federal e Prefeitura de Maringá, com o apoio da CBN.
O juiz da 1ª Vara Criminal de Maringá, Cláudio Camargo, é defensor da Justiça Restaurativa.
A maioria dos acidentes de trânsito são causados por imprudência, diz o secretário de Mobilidade Urbana Gilberto Purpur. E só nós, que somos o trânsito, podemos mudar a marcha dos acontecimentos. [ouça o áudio]
