O novo decreto publicado nesta segunda-feira em Maringá restringe o funcionamento das atividades econômicas nos fins de semana. O comércio de rua e os shoppings não funcionarão aos sábados e domingos nos dois próximos fins de semana.
O comércio de rua também mudou de horário durante a semana. As lojas abrirão às 10h e fecharão às 19h a partir dessa terça-feira (1º) e até 13 de dezembro, um domingo.
O presidente do Sivamar, Sindicato do Comércio Varejista, Ali Wardani, fez uma análise da restrição. [ouça no áudio acima]
O presidente da Associação Comercial e Empresarial, Michel Felippe, diz que esperava um decreto menos restritivo. [ouça no áudio acima]
O decreto estabelece lei seca a partir das 17h durante a semana e em tempo integral aos sábados e domingos. Medida que afeta bares e restaurantes apontados como locais com grande concentração de consumidores. O empresário Genir Pavan, presidente do Sindhotel, sindicato que representa hotéis, bares, restaurantes e similares, diz que desde o início da pandemia há preconceito com o setor, como se fosse o vilão do contágio. [ouça no áudio acima]
Os supermercadistas também estão preocupados com o fechamento dos mercados aos domingos. Maurício Bendixen, conselheiro da Apras, Associação Paranaense de Supermercados, acredita que fechar os mercados aos domingos pode gerar aglomeração de consumidores em outros dias. [ouça no áudio acima]
E nesta segunda-feira, supermercados têm reunião às 17h com a administração municipal para discutir a questão do setor.
A Abrasel, outra entidade que representa bares e restaurantes publicou a seguinte nota em conjunto com o Sindhotel:
“A Abrasel Noroeste e o Sindhotel, entidades que representam o setor de alimentação fora do lar em Maringá/PR, lamentam profundamente o decreto municipal editado na data de hoje que inaugurou período de lei seca relativa.
Relativa porque essa medida fustiga tão somente e uma vez mais o segmento de bares, restaurantes, eventos e afins, já demasiadamente afetado pelos lockdowns anteriores.
Não há nenhuma coerência no ato de decretar o fechamento indireto e exclusivo de um setor. Trata-se de um lockdown setorizado e disfarçado!
Se deve haver sacrifício e pacto pela vida, todos devem arcar com os ônus da crise. TODOS!!!
O Setor de Alimentação Fora do Lar está na UTI e pede socorro.”