Está terminando o prazo para que os estados e municípios brasileiros que possuem regimes próprios de previdência se adequem à reforma da Previdência aprovada no Congresso Nacional no ano passado.
O Paraná foi rápido e em dezembro de 2019 aprovou uma emenda à Constituição e em seguida uma lei que promoveu várias mudanças.
A reforma aprovada pelo Estado fixou critérios mínimos de idade para aposentadoria: 62 anos no caso das mulheres e 65 no caso dos homens.
Estabeleceu o tempo mínimo de contribuição em no mínimo 25 anos, manteve o tempo mínimo de serviço público de dez anos e os cinco anos de efetivo exercício no cargo em que a aposentadoria será efetivada.
A reforma também estabeleceu regras de transição.
E por último o Estado alterou as alíquotas de contribuições previdenciárias que passaram a ser de 14%.
Desde abril deste ano, a nova alíquota incide no salário dos servidores estaduais, exceção dos militares que contribuem desde janeiro deste ano com 9,5% da remuneração e essa alíquota passará a ser de 10,5% a partir de janeiro de 2021.
Com a reforma da Previdência estadual, em longo prazo haverá um alívio no tesouro do Estado e sobrarão recursos para investimentos em saúde e educação, diz o diretor-presidente da Paraná Previdência, Felipe Vidigal. [ouça áudio acima]
O ajuste da contribuição previdenciária era a medida mais urgente e que deve ser adotada também pelas prefeituras com regimes próprios de Previdência.
O prazo final para esta alteração é 31 de julho, ou seja, sexta-feira que vem.
Só estão livres desta alteração as cidades que têm previdências superavitárias. Considerando cálculos atuariais, não financeiros.
Quem perder o prazo terá que arcar com os prejuízos. Por exemplo: ficará sem o certificado de regularidade previdenciária, um documento muito importante para os municípios. Sem ele não é possível receber recursos da União.
Maringá terá que fazer o ajuste porque não tem superávit atuarial na Maringá Previdência.
Não é uma decisão fácil para os prefeitos, afinal é desgastante aprovar uma medida que atinge milhares de servidores.
No Congresso Nacional, parlamentares pressionados pela Frente Nacional dos Prefeitos tentam aprovar a prorrogação do prazo.
A CBN apurou que a Procuradoria Jurídica de Maringá analisa a questão. A prefeitura informou que vai esperar a decisão sobre a prorrogação ou não do prazo para se manifestar.
Atualizado às 9h30 de 29.07- para incluir a entrevista com o presidente da Paraná Previdência, Felipe Vidigal.