No último sábado (10), a Prefeitura de Maringá informou que fiscais do Procon em vistoria ao supermercado Angeloni encontraram “produtos expostos à venda com embalagem danificada, produto sem data de validade e vários produtos sem indicação de preços nas gôndolas”. O supermercado foi autuado e no dia seguinte a multa foi lavrada: R$ 241 mil.
A notícia chamou a atenção porque no mesmo dia a empresa tinha comunicado aos clientes que abriria no domingo (11) com autorização judicial.
A coincidência sugere uma espécie de retaliação e desestimula outras empresas a buscar a Justiça.
Mas segundo o Procon, a coincidência não foi proposital. O órgão já tinha programado uma vistoria naquele sábado ao Angeloni.
A vistoria fez parte de uma fiscalização mais ampla, que começou antes da Páscoa e não tem data para terminar, explica a diretora do Procon Patrícia Parra. [ouça o áudio acima]
O valor da multa foi o mais alto até agora. Segundo o Procon, a multa é calculada com base no capital social da empresa e tipo de irregularidade, com a agravante do estado de calamidade pública, porque a lei considera neste momento o consumidor vulnerável. Até agora foram aplicadas seis multas.
Como apenas o Angeloni teve o nome divulgado pela Assessoria de Comunicação, a CBN questionou quais são os outros mercados multados. Segundo a Prefeitura de Maringá são seis supermercados. Nesta manhã, a Prefeitura divulgou o nome de outros três: Grande Red, Três Marias e Condor. A CBN perguntou também se o documento que prova a fiscalização agendada é público. A diretora do Procon, Patrícia Parra disse que existe uma planilha que só ela e a diretoria de Fiscalização têm acesso para evitar vazamentos. Ela não divulga a imagem da planilha pessoal.