Após cinco dias, nesse domingo o júri popular dos acusados pelo morte do auditor fiscal José Antônio Sevilha foi dissolvido.
A decisão foi tomada pelo juiz federal Cristiano Manfrim depois que um médico constatou que um dos jurados não tinha condições de saúde para prosseguir com o julgamento.
O julgamento começou no dia 3 de março e durava praticamente doze horas por dia. Os jurados passavam as noites num hotel, incomunicáveis.
A Justiça Federal não informou o que exatamente tem o jurado. Mas comunicou que foi marcada uma nova data para o júri: 5 de maio. E o sorteio dos novos jurados será em abril.
Sevilha foi assassinado em 2005. Segundo o Ministério Público a mando do empresário Marcos Gottlieb, dono na época de uma das maiores importadoras de brinquedos do país.
A empresa dele tinha sido multada em R$ 100 mi por sonegação fiscal. Sevilha era o chefe do setor aduaneiro da Receita Federal.
A família espera por uma resposta há quase 15 anos. No ano passado, o primeiro julgamento foi dissolvido após seis dias porque a defesa abandonou o plenário.
A viúva de Sevilha, que foi ouvida durante mais de 12 horas tanto no primeiro, quanto neste segundo júri, terá que reviver o drama mais uma vez em maio. Segundo o auditor fiscal Hércules Maia, um pesadelo sem fim.
Além do empresário acusado de ser o mandante do crime, estão sendo julgados outros dois homens, um deles acusado de ser o executor e Moacyr Macedo apontado com o intermediário que apresentou o executor ao mandante.
O advogado dele, Conrado de Almeida Prado diz que a defesa lamenta a dissolução do júri.
A CBN não conseguiu falar com a defesa dos outros acusados e nem com o Ministério Público Federal.
A Justiça Federal informou que ninguém vai falar com a imprensa. Apenas um comunicado informando a nova data e o motivo da dissolução foi divulgado.
Atualizado às 15h35 de 09.03- Não há risco de prescrição do crime, de acordo com advogados consultados pela CBN e que estão acompanhando o caso.