Poucos dias após ter sido aprovada na Câmara Municipal, a lei que nomeia um teatro com o nome “Reviver Maria Glória Poltronieri Borges” foi sancionada pelo prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PDT). A norma foi assinada pelo chefe do Executivo municipal no dia 24 de março e publicada no Diário Oficial do Município no dia 30. A autoria do projeto foi do vereador Onivaldo Barris (sem partido).
Maria Glória Poltronieri Borges, de 25 anos, foi encontrada morta em janeiro, com marcas de violência sexual. Um homem foi preso um mês depois, acusado de ser o autor do crime.
Ela era dançarina, ligada aos meios culturais da cidade. Foram os produtores da área e artistas que propuseram o nome dela para batizar o teatro, conhecido há anos como Reviver. Oficialmente, não tinha nome nenhum.
Na prática, portanto, o teatro já está com o nome da bailarina. A medida de publicar em Diário Oficial é burocrática - e, em outros casos, seria a última. Mas, por se tratar de algo sensível, a Prefeitura de Maringá gostaria de fazer uma solenidade para descerrar uma placa com o nome de Magó.
O fato de um decreto municipal ter interrompido os serviços do prefeitura devido à Covid-19 indica que não há prazo para que isso aconteça. Mas há um desejo, principalmente na Secretaria de Cultura.
Quando o projeto de lei foi aprovado em primeira discussão, no dia 19 de março, o pai dela, Maurício Borges, se emocionou. A filha havia dançado muitas vezes naquele teatro, contou.