A fila dobrava a esquina e podia ser vista de longe. Eram homens e mulheres que foram até o colégio Platão neste domingo (07) em busca de um auxílio para solicitar os R$ 600 do Governo Federal. O benefício é para autônomos e outros grupos mais vulneráveis em meio à pandemia de coronavirus - e deve ocorrer por três meses.
O chamado mutirão do auxílio foi organizado pela comissão de direito previdenciário da ABA, a Associação Brasileira de Advogados em Maringá.
Dentro do ginásio, o distanciamento foi controlado. Todos estavam de máscaras e usando álcool-gel. 350 senhas foram distribuídas. 20 voluntários participaram. O atendimento ocorreu ao longo de domingo, até as 18h.
A advogada responsável pela ação, Karen Jobim, disse ter ficado surpresa com o fato de que várias pessoas buscaram a ajuda.
Há uma série de requisitos para conseguir o auxílio do Governo Federal. Um deles é não ter registro em carteira. Foi por esse motivo que a zeladora Claudete Soares não conseguiu - e soube disso durante o atendimento.Ela recebeu férias da empresa, mas quer voltar a trabalhar.
Uma das advogadas voluntárias, Giovana Aleixo disse que valeu a pena ter participado da ação porque mostrou a dificuldade de muitas pessoas no país, gente que não tem acesso à internet, por exemplo.
A costureira autônoma Maria Cordeiro chegou por volta das 10h da manhã. Ela foi atendida depois das 15h, e valeu a pena. Uma informação que faltava foi corrigida. Agora, ela espera receber o auxílio federal.
A organização do mutirão não descarta fazer uma nova ação do tipo.
A reportagem foi atualizada às 18h30 de segunda-feira (08). A ABA informou à CBN que não houve parceria com a OAB para a realização da ação, conforme estava escrito anteriormente.