Até 2016, Mandaguaçu, pode-se dizer, era uma cidade analógica. A gestão municipal mal sabia quantos imóveis havia na cidade. De lá pra cá, a cidade entrou no mapa, o mapa digital. E não foi muito difícil. A primeira ideia foi terceirizar o geoprocessamento que permite o mapeamento de todos os imóveis por imagens. Algo que já existe em Maringá há anos. Mas o custo seria alto: 1 milhão de reais. A solução foi caseira. A própria equipe da Prefeitura trabalhou no projeto, que custou bem menos, 200 mil reais. A parte mais cara foram as fotos áreas feitas de avião. Hoje em dia, os drones dão conta do recado. Com base cartográfica digital tudo mudou. A gestão descobriu, por exemplo, que 600 imóveis da cidade nem pagavam IPTU. Os fiscais que corriam atrás de terrenos baldios com mato alto e entulho conseguiam percorrer 60 imóveis por mês. Hoje fiscalizam 180 por dia. A iluminação pública é toda mapeada também. Na tela do celular os funcionários sabem quantos postes e quais precisam de manutenção. E tudo é feito rapidinho, porque é possível planejar o trabalho. O coordenador dos projetos é o servidor João Renato Antoniazzi, especialista em geoprocessamento. Ele já está trabalhando em outros projetos. Na educação, o mapeamento dos estudantes vai reorganizar toda rede municipal de ensino.
A tecnologia vai até aumentar a vida útil do cemitério de Mandaguaçu, que precisa de mais vagas.
Os projetos renderam a Mandaguaçu vários prêmios. De prêmios estaduais como o da Rede Cidades Digitais a um prêmio internacional do Mundo Geo Conect. O cidadão que entrou para o mapa graças à tecnologia, vai ter acesso a serviços cada vez mais ágeis e eficientes.
E Mandaguaçu pode ter sido a única cidade do país a fazer um censo demográfico por conta própria. De outubro de 2017 a julho de 2018, foram levantadas informações sobre sexo, faixa etária, renda, escolaridade entre outras informações dos mais de 19 mil moradores.