O ciclo de violência contra a mulher é composto basicamente por três fases: alta tensão, que envolve situações psicológicas; na sequência, é o momento de maior intensidade, em que acontece a violência física e sexual. Por último, a situação é a de lua de mel.
A avaliação é da advogada Alana Marquezine, atualmente diretora da Saúde Ocupacional de Maringá. Ela é uma das palestrantes que participam dos “16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, que ocorre em Maringá. A programação começou no fim de novembro e segue até o dia 10.
A fase de alta tensão apresenta preconceitos, falas violentas - uma espécie de controle sobre a mulher. A outra fase, de violência física, envolve agressão e até violência sexual. E a lua de mel é o momento em que o agressor tentar ficar de bem e assim perpetuar o ciclo, diz a advogada.
Durante a programação da campanha, consultoras de moda têm participado das conversas. Para a diretora de Saúde Ocupacional, essas mulheres podem auxiliar muito quem vive em um ciclo de violência.
Atualmente, 600 mulheres estão sob medida protetiva em Maringá - ou seja, com alguma decisão que busca defendê-las e impedir que o homem penalizado se aproxime. A delegacia da mulher registrou 2175 boletins de ocorrência e 1.305 pedidos de medidas de proteção. Em relação às medidas, é o dobro do que o registrado no ano passado inteiro.
A palestra sobre os ciclos é voltada a consultoras de beleza, mas é aberta a todos os interessados. É às 19h, no auditório Hélio Moreira.