A maringaense Franciele Alves da Silva, de 29 anos, que foi vítima de feminicídio na França em setembro do ano passado, foi sepultada nesta segunda-feira (15) em Paris. O corpo ficou no Instituto Médico Legal (IML) por quase cinco meses. O marido, também brasileiro, confessou ter matado a esposa a facadas e está preso. Os filhos da vítima, de 3 e 5 anos, estão sob a guarda das autoridades francesas.
O coletivo Mulheres na Resistência (Femmes de la Résistence) realizou uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos e ajudar a família a trazer o corpo da jovem para Maringá. Foram arrecadados aproximadamente R$ 52 mil, no entanto, a justiça francesa não autorizou o translado. Por isso, a família resolveu enterrá-la na França temporariamente. Futuramente, a família pretende trazer o corpo de Franciele para Maringá, onde nasceu, é o que explica o pai da vítima, Jurandir Silva. [ouça no áudio acima]
Em entrevista à Rádio França Internacional, a família disse que o autor do crime deve ser julgado até 2023, sem data prevista. Neste período, é possível que seja necessário realizar outra autópsia e, por isso, o corpo precisa estar em território francês.
Já o processo pela guarda das crianças corre na vara de família e, segundo a Rádio França Internacional, a primeira audiência está marcada para 30 de junho.
Com o apoio de Lethícia Conegero/GMC Online.