A vereadora Cris Lauer, do Novo, a mais votada na história da Câmara de Maringá, é alvo de uma comissão processante que pode cassar o mandato da parlamentar.
Lauer é acusada de utilizar serviços particulares do ex-chefe de gabinete.
Segundo a denúncia, o então servidor, advogado, teria defendido a vereadora em processos particulares, em horário de expediente e sem remuneração.
O pagamento seria o salário de chefe de gabinete. Nesta quarta-feira (30), a comissão processante ouviu testemunhas arroladas pela vereadora.
Das testemunhas, o prefeito Silvio Barros, o promotor de justiça Leonardo Vilhena e o secretário estadual do Carmo pediram dispensa, como explica o relator da comissão processante Sidnei Telles. [ouça o áudio]
O ex-presidente da Câmara, Mário Hossokawa, também pediu dispensa, mas a comissão rejeitou o pedido.
No banco das testemunhas, Hossokawa reclamou que estava sendo tratado como investigado. [ouça o áudio]
Isso porque o advogado de Chris Lauer fez várias perguntas. Sobre casos em que Hossokawa teria utilizado serviços de funcionários da casa. [ouça o áudio]
Hosokawa contou que pagou os serviços de uma advogada da câmara para atuar no processo de divórcio da filha dele, mas segundo o vereador o serviço teria sido prestado fora do horário de expediente.
Hossokawa chegou a dizer que até para consertar o telhado de casa já utilizou o servidor da câmara, em fim de semana, pagando por fora.
Mas em tom exaltado disse que nenhum destes casos pode se comparar à acusação contra Chris Lauer.
O relator da comissão Sidnei Telles interveio várias vezes.
Ele queria entender porque o foco do advogado de Lauer eram as práticas de Hossokawa.[ouça o áudio]
Neste terceiro dia de oitivas, a vereadora Cris Lauer disse que a narrativa contra ela está sendo desconstruída. [ouça o áudio]
A comissão processante tem 90 dias para concluir os trabalhos.