Preocupada com a disseminação do novo coronavírus, a Prefeitura de Maringá informou que vai adotar medidas drásticas para evitar a aglomeração de pessoas em diferentes locais da cidade. O decreto será publicado e passa a valer a partir da próxima sexta-feira, 20. O prazo é de 30 dias.
Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, 18, a prefeitura informou que vai decretar estado de emergência.
Veja todas as medidas que serão adotadas:
- O decreto determina o fechamento de todo o comércio de Maringá, sem exceção, incluindo shoppings, shoppings de atacado, bares, restaurantes e academias. Serviços de delivery poderão funcionar normalmente. Permanecerão abertos apenas os estabelecimentos de serviços essenciais, como mercados, supermercados, farmácias e postos de combustíveis.
- A prefeitura vai estabelecer que supermercados permitam a compra de um número restrito de produtos para cada cliente. A medida visa impedir que a população estoque alimentos.
- Equipes de saúde da prefeitura ficarão 24 horas na rodoviária de Maringá, no Terminal Intermodal e no Aeroporto Regional de Maringá fiscalizando todas as pessoas que chegarem à cidade. Os profissionais deverão questionar de onde a pessoa está vindo e se tem algum sintoma do coronavírus.
- O transporte coletivo será mantido neste primeiro momento. Isso porque, com o fechamento total do comércio, a prefeitura espera reduzir drasticamente o fluxo de pessoas nos ônibus. No entanto, o prefeito Ulisses Maia reforçou que, caso não haja a redução esperada, poderão, sim, avaliar a paralisação do transporte coletivo.
- A Prefeitura de Maringá decidiu acionar as forças de segurança para ajudarem a fiscalizar se a população e as empresas da cidade estão cumprindo as determinações do decreto. De acordo com Maia, se alguma ordem for descumprida, existe a possibilidade de aplicação de multa, que varia de R$ 300 a R$ 5 mil.
-A prefeitura estipulou, ainda, que os call centers da cidade reduzam em 50% a quantidade de trabalhadores por período. A medida também pretende evitar aglomerações.
- Sobre o possível fechamento das agências bancárias de Maringá, Ulisses Maia ressaltou que não há nada definido, mas que as medidas estão sendo estudadas. No entanto, ele reforçou que, novamente, para evitar aglomeração de pessoas, o mais indicado é que as operações sejam feitas digitalmente.
- A Secretaria de Assistência Social do município está preparada para atender e auxiliar famílias carentes. De acordo com a prefeitura, caso alguma família fique sem renda para comprar alimentos, o município vai disponibilizar um “cartão-alimento” com o valor necessário para a compra de uma cesta básica.
- Maia anunciou também a mudança no atendimento público de saúde. Cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Maringá serão transformadas em Unidades de Pronto Atendimento (UPA). São as unidades Iguaçu, Mandacaru, Pinheiros, Quebec e Zona Sul. Nesses locais, as equipes farão o atendimento emergencial para todas as doenças, com exceção aos pacientes que tenham sintomas do coronavírus.
- A UPA Zona Norte será utilizada exclusivamente para atender pacientes com sintomas de coronavírus. Já a UPA Zona Sul e o Hospital Municipal serão transformados em locais para internação de pacientes com coronavírus.
- A fiscalização econômica feita pelo município também foi suspensa por 30 dias.
- Serviços funerários e de distribuição de gás e água serão mantidos.
- Os supermercados, conforme o decreto, deverão funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
- O Restaurante Popular passará a atender apenas os casos de prioridade, conforme a prefeitura, limitando a capacidade de atendimento em 50%.
- A Agência do Trabalhador também será fechada.
- Serão contratados, temporariamente, 200 servidores da saúde.
- Ginásio Chico Neto, bem como as demais unidades esportivas de Maringá, serão reservados para atendimento aos pacientes com coronavírus, caso necessário.
*Esta reportagem está em atualização.
Por: Monique Manganaro e Luciana Peña