No mais novo decreto da Prefeitura de Maringá, um dos itens que chamam atenção envolve o transporte público da cidade. No documento divulgado nesta terça-feira (16), o Executivo determinou no artigo 11: “Para combater aglomerações e aumentar o distanciamento entre os passageiros, os ônibus do transporte público deverão circular somente com passageiros sentados”. A medida passa a valer a partir do dia 18, quinta-feira.
A pergunta é: como vai ser feita a fiscalização e o controle? A responsabilidade é da prefeitura, mas como fazer isso? Os ônibus têm funcionando a partir das 5h e vão até por volta da meia noite.
Desde o início da pandemia, a Transporte Coletivo Cidade Canção reduziu a capacidade de operação na cidade. Ou seja, tem menos linhas. Segundo a Prefeitura, 160 ônibus têm sido usados diariamente, o que equivale a 60% do total (250). E com o comércio e outros setores funcionando, mesmo que em horários diferenciados, ainda é comum que ônibus sejam vistos com pessoas em pé.
Nos veículos, em média, cabem 30 pessoas sentadas. Em horários sem grande movimentação, as pessoas conseguem ficar sentadas. Mas entre 8h e 9h; e 17h e 18h, os ônibus ficam cheios.
A CBN procurou a direção da empresa de Transporte Coletivo Cidade Canção para entender como fazer isso. A empresa informou que tem conversado com a Prefeitura, mas que ainda não há uma definição, embora tenha dito que cabe ao município fiscalizar o cumprimento das medidas.
A reportagem procurou a Prefeitura. A assessoria de imprensa informou que haverá fiscalização, sim, e que conversas estão sendo realizadas com a TCCC.
No bastidor, a preocupação é sobre como vai ser ser feita a fiscalização e controle. Há dúvidas como: uma pessoa a mais dentro de uma linha de ônibus já deverá ser motivo de autuação? O motorista terá o poder para dizer que o ônibus lotou e ninguém mais entra? E durante os horários de picos?
O decreto da Prefeitura de Maringá tem validade de sete dias. O município quer diminuir o fluxo de pessoas nas ruas.