O presidente da Câmara de Astorga, vereador José Carlos Paixão (PTB), e o assessor de comunicação da Câmara, Fernando Gardin, foram presos pelo Núcleo de Londrina do Gepatria, o Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa, ligado ao Ministério Público. Os dois foram detidos dentro do Legislativo, na tarde desta terça-feira (13).
Segundo o MP, Paixão e Gardin foram presos no momento em que pagavam a um homem a quantia de R$ 1.400. O objetivo era evitar que essa pessoa, ligada a uma ONG, denunciasse irregularidades que havia descoberto na gestão da Casa ao Ministério Público.
Um segundo vereador, Mauricio Juliani (DEM), também estaria envolvido no suposto esquema, mas não foi localizado.
Astorga é um município no norte do Paraná, com 25 mil habitantes. A cidade fica a 50 quilômetros de Maringá.
De acordo com imagens obtidas pelo Ministério Público, o presidente da Câmara e o assessor de comunicação pagaram R$ 1.400 a uma pessoa para que ela não fizesse denúncias. Além disso, eles teriam prometido um cargo a ela na Casa, e uma quantia mensal em dinheiro.
Os presos foram levados à Delegacia de Combate à Corrupção em Londrina, cidade que fica a 97 quilômetros de Maringá.
A assessoria Legislativa da Câmara de Astorga disse em entrevista à RPC TV, afiliada da Globo no Paraná, que ainda não sabia quais ações a Casa tomaria em relação aos envolvidos.