O secretário de Patrimônio, Compras e Logística de Maringá, coronel Paulo Carstens, disse à CPI da Saúde desconhecer o pagamento de até três vezes mais em produtos por parte do município. A afirmação dele é uma resposta a uma fala dita pelo secretário da Saúde de Maringá, Jair Biatto. Em maio, na Câmara, Biatto disse que a prefeitura pagava mais caro nos produtos adquiridos.
Carstens prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito nesta terça-feira (23), na Câmara Municipal.
Segundo o secretário de Patrimônio, as compras seguem padrões rígidos. O que Biatto falou, ele terá oportunidade de provar, disse Carstens.
A CPI da Saúde foi criada após a afirmação de Jair Biatto. O próprio secretário da Saúde explicou depois que a fala era referente a dois motivos: burocracia e demanda de produtos.
Paulo Carstens foi a primeira pessoa a ser ouvida pela comissão. Ele foi convocado porque a pasta dele é a responsável por várias compras da Prefeitura, incluindo itens comuns a várias secretarias. Segundo o policial militar da reserva, há cotações de preços e controle rígido. O secretário considerou que Jair Biatto usou uma força de expressão.
O coronel da reserva também falou que a atual administração tem lutado contra a corrupção no poder público - algo que acontecia muito em gestões anteriores, como o processo envolvendo uma empresa de digitalização, cujo prejuízo foi milionário, afirmou.
Os vereadores que fazem parte da CPI são Flávio Mantovani, na presidência, Sidnei Telles, na relatoria, e os membros Alex Chaves, Mário Verri e Chico Caiana. A CPI tem prazo de 90 dias para apresentar um relatório. A comissão pode ser prorrogada, depois, em mais 45 dias.
A Prefeitura de Maringá tem dito que irá apoiar a comissão no que for preciso para que tudo seja esclarecido da melhor forma possível.
A CPI aprovou solicitar mais documentos da Prefeitura para dar seguimento aos trabalhos. A próxima reunião é na semana que vem.
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