A Universidade Estadual de Maringá disse não utilizar cães e outros animais para procedimentos desde 2011. A informação foi divulgada via nota nesta sexta-feira (10), por meio da assessoria de imprensa da instituição. Segundo o texto divulgado, já em julho de 2012 os animais que estavam na UEM foram transferidos para uma ONG, e o canil foi definitivamente desativado.
A resposta pública da universidade veio um dia após a Justiça proibir a utilização de cães e outros animais por parte do departamento de Odontologia. A sentença foi proferida nessa quinta-feira (09).
Em caso de descumprimento, a instituição deve pagar R$ 1 mil, registrou o juiz Fabiano de Souza, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Maringá. A decisão é o resultado de uma ação proposta pelo Ministério Público do Paraná em 2011. Já havia uma liminar impedindo a UEM de usar animais em pesquisas.
O magistrado escreveu que a universidade não deve utilizar “cães ou quaisquer outros animais em procedimentos experimentais que lhes causem lesões físicas, dor, sofrimento ou morte, ainda que anestesiados”. Além disso, o juiz definiu que a UEM ficou proibida de criar cães qualquer raça ou sem raça e manter o animais na instituição.
Na ação, o MP informou que cães passavam por intenso sofrimento e a eutanásia não era feita de forma regular.
EM 2019, a UEM foi multada em R$ 10 mil por ter utilizado cães da raça beagle em pesquisas no departamento de Odontologia. A multa foi aplicada pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), do Ministério da Ciência e Tecnologia.