2021 tinha começado com muita esperança. Esperança na vacina contra a Covid-19.
Mas a esperança se misturava ao medo, porque depois das eleições de 2020, os casos da doença voltaram a aumentar. Mesmo assim, muitas famílias se confraternizaram nas festas de fim de ano, reuniram mais gente do que deveriam, e até viajaram.
A fatura chegou logo depois. Em fevereiro de 2021, os hospitais começavam a lotar.
No final do mês vieram os decretos sanitários que a exemplo do início da pandemia restringiam atividades econômicas.
O período de validade dos decretos era curto, mas eles foram prorrogados à medida que a Covid-19 avançava.
E o rigor parecia não surtir efeito.
Em março, quando a pandemia completou um ano, os leitos de enfermaria e UTI estavam cada vez mais lotados. Uma cena começou a se tornar frequente: hospitais privados fechavam a porta de entrada dos Pronto Atendimentos.
Uma mensagem era afixada na entrada e divulgada em redes sociais: “chegamos ao limite, não temos mais capacidade para atender”.
O presidente da Sociedade Médica de Maringá, Lucas Eduardo Savóia de Oliveira, relembra a atuação dos médicos neste momento dramático. [ouça o áudio acima]
O número de mortes começou a crescer assustadoramente. Naquela época, os médicos diziam que a taxa de mortalidade numa UTI sobrecarregada podia chegar a 80%.
Todos tínhamos um conhecido, um amigo ou um parente doente, internado.
Eram dias de muito medo. E de luto. O jornalista Luiz Carvalho faz um retrospecto. Quantas reportagens escritas... Quantos perfis de pessoas que se foram… [ouça o áudio acima]
Enquanto isso, a Secretaria de Saúde do Paraná reorganizava o sistema para abrir mais leitos às pressas.
No relatório diário sobre a ocupação de leitos em enfermarias e UTIs uma situação dramática. Começava a surgir uma triste fila. E uma fila que dali em diante só cresceria: a fila de pacientes à espera de um leito. {ouça o áudio acima]
No próximo episódio, relembre a corrida por oxigênio e medicamentos para pacientes intubados com Covid-19.
Quer enviar sugestão, comentário, foto ou vídeo para a CBN Maringá? Faça contato pelo WhatsApp (44) 99877 9550