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O vereador Sidnei Telles usou a tribuna da sessão ordinária da Câmara Municipal de Maringá desta quinta-feira (5) para falar sobre a educação municipal e estadual. Emocionado, o vereador disse que recebeu relatos de mães afirmando que os filhos estão voltando para casa da escola com fome. [ouça o áudio acima]
Sobre a rede estadual de ensino, o vereador afirmou que o Instituto de Educação teve de suspender parte das atividades por falta de efetivo de servidores. [ouça o áudio acima]
O vereador confirmou as declarações em entrevista à CBN e disse que cobrou do município explicações. [ouça o áudio acima]
No requerimento encaminhado ao Executivo, o vereador pede que a prefeitura esclareça sobre os critérios seguidos para definir a escolha do cardápio que compõem a merenda; de que forma é realizada a distribuição calórica por cada refeição servida no decorrer do dia para as crianças; se as refeições são preparadas para atender às necessidades nutricionais específicas de cada faixa etária e se há possibilidade de oferecer alimentos menos industrializados e mais naturais para as crianças.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Maringá para esclarecer o assunto. Por meio de nota, o município disse que “a Gerência esclarece que a Merenda Escolar é baseada na legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar do Governo Federal (PNAE/FNDE). O Município, inclusive, oferta mais do que consta na legislação. A mesma reza que para alunos com mais de 3 anos, em período parcial de estudos, a exigência é de apenas uma refeição. Maringá serve duas: café da manhã e almoço. O café da manhã é extra. […] a Prefeitura está monitorando a situação e analisa se os alunos sentem fome entre o café da manhã e o almoço.”
Disse ainda que “Houve uma alteração na legislação, por meio da Resolução n° 6 de 8 de maio de 2020 em que passou a restringir a oferta de pão, bolos, bolachas, entre outros alimentos que os alunos de Maringá estavam acostumados a receber no café da manhã. Por outro lado, aumentou a oferta de frutas no café da manhã.”
Sobre as declarações do vereador com relação à rede estadual de ensino, a reportagem da CBN tentou e não conseguiu contato com a direção do Instituto de Educação. A CBN também aguarda um retorno da Secretaria Estadual de Educação.
Leia na íntegra a nota da Prefeitura de Maringá:
“A Gerência de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação informa que está à disposição da Câmara Municipal para esclarecer possíveis dúvidas relacionadas ao cardápio oferecido aos alunos da Rede Pública Municipal de Ensino.
Sobre a merenda escolar servida diariamente nas escolas, a Gerência esclarece que a Merenda Escolar é baseada na legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar do Governo Federal (PNAE/FNDE). O Município, inclusive, oferta mais do que consta na legislação. A mesma reza que para alunos com mais de 3 anos, em período parcial de estudos, a exigência é de apenas uma refeição. Maringá serve duas: café da manhã e almoço. O café da manhã é extra.
Houve uma alteração na legislação, por meio da Resolução n° 6 de 8 de maio de 2020 em que passou a restringir a oferta de pão, bolos, bolachas, entre outros alimentos que os alunos de Maringá estavam acostumados a receber no café da manhã. Por outro lado, aumentou a oferta de frutas no café da manhã.
Mesmo com a oferta de uma refeição a mais, a Prefeitura está monitorando a situação e analisa se os alunos sentem fome entre o café da manhã e o almoço. E lembra que não houve alterações na oferta de alimentos do almoço.
Existem situações pontuais de alunos especiais que precisam de alimentação diferenciada, o que é ofertado pelo Município. Existem alunos com seletividade alimentar, que também são monitorados. As nutricionistas de Maringá são extremamente profissionais e estão atentas para ouvir necessidades, orientar e até alterar o cardápio em caso de necessidade. Todas as escolas do Município estão orientadas a encaminhar sugestões para a Gerência de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação.
Esta gerência, reiteramos, está à disposição da Câmara Municipal para dirimir possíveis dúvidas. E para estudar a situação de alunos que, porventura, estejam com dificuldades em se adaptar ao novo cardápio do café da manhã ou mesmo do almoço ofertado pelas escolas.”
Atualizado às 17h48 para acréscimo de informações:
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação disse que “O Instituto de Educação Estadual de Maringá está aberto. A escola não está com o quadro de funcionários completo, mas opera de acordo com a capacidade. A comissão de biossegurança do NRE inclusive visitou a escola três vezes nesta semana e constatou que a instituição está seguindo todo o protocolo necessário”.
