Vereador diz que empréstimo, aprovado na Câmara, vai contra interesse público
Vereador Jean Marques | Arquivo/CMM

Legislativo

Vereador diz que empréstimo, aprovado na Câmara, vai contra interesse público

Política por Luciana Peña em 11/08/2020 - 12:28

Mas a maioria dos vereadores entendeu que financiamento de 3,3 milhões de reais para instalar placas solares em escolas da rede municipal de Maringá é um bom negócio.

O clima esquentou na Câmara Municipal de Maringá nesta terça-feira durante a votação do empréstimo de três milhões de reais da prefeitura junto a Fomento Paraná.

O dinheiro é a contrapartida do município para receber a fundo perdido 5 milhões de reais da Copel, num projeto de eficiência energética capitaneado pelo Paraná Cidade.

Os vereadores esperavam documentos para saber as condições do empréstimo. Os juros, de acordo com o que foi apresentado, podem chegar a 9,45%, disse o vereador Jean Marques.

O vereador e o secretário de Obras, Albary de Medeiros, que estava na sessão para esclarecer dúvidas dos parlamentares, chegaram a discutir.

Marques diz que o empréstimo vai contra o interesse público.

Para explicar o projeto, o secretário de Obras, Albary de Medeiros, usou como analogia o projeto Minha Casa Minha Vida. Os municípios que participam do projeto do Governo Federal não escolhem a agência bancária para os financiamentos, se submetem às condições da Caixa Econômica Federal.

Este projeto de eficiência energética é do Paraná Cidade em parceria com a Fomento Paraná. A condição é o financiamento.

O secretário diz que a prefeitura não tem corpo técnico suficiente para elaborar, por conta própria, um projeto com condições de participar do chamamento da Copel.

O projeto foi aprovado em segunda discussão com 11 votos a favor e três contra.
O presidente da Câmara, Mário Hossokawa, acredita que para o município é um bom negócio.

O Observatório Social tinha pedido ao Legislativo que adiasse a segunda discussão do projeto por uma sessão para que fosse possível analisar a documentação enviada pela prefeitura. Os vereadores decidiram não adiar. Alguns porque já tinham analisado a documentação, outros porque não tinham dúvidas sobre o assunto.

Secretário de Obras, Albary de Medeiros, explica na Câmara projeto do Paraná Cidade que exige empréstimo de R$ 3,3 mi | Foto: Luciana Peña/CBN Maringá
Secretário de Obras, Albary de Medeiros, explica na Câmara projeto do Paraná Cidade que exige empréstimo de R$ 3,3 mi | Foto: Luciana Peña/CBN Maringá

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