A sessão da Câmara de Maringá desta terça-feira esquentou logo no início.
O assunto polêmico que elevou as temperaturas foi a CPI da Saúde.
Para relembrar: na semana passada o secretário de Saúde Jair Biatto falou em alto e bom som que a prefeitura paga até três vezes mais do que a iniciativa privada pelo mesmo produto. Ele citou como exemplo a compra de medicamentos.
No mesmo dia os vereadores Willian Gentil e Dr. Jamal propuseram uma CPI para apurar as compras da prefeitura desde o início da gestão.
A CPI só conseguiu quatro assinaturas. Insuficiente para chegar a plenário.
Mas simultaneamente foi proposta outra CPI, do vereador Sidnei Telles. Essa sim conseguiu assinaturas suficientes: 11. [ouça no áudio acima]
Na sessão desta terça-feira, os vereadores que tiveram a CPI rejeitada soltaram o verbo na tribuna.
O vereador Willian Gentil disse que a CPI aprovada era “teatro”.[ouça no áudio acima]
O vereador Dr Jamal disse que a CPI aprovada é uma CPI alternativa para esvaziar a investigação. E desconfia que a estratégia foi definida pelos vereadores da base aliada numa reunião com o prefeito. A intenção, segundo o vereador, seria culpar os fornecedores pelos preços acima do mercado. [ouça no áudio acima]
O líder do prefeito na Câmara, Alex Chaves, nega qualquer reunião. [ouça no áudio acima]
Por fim, chegou a hora da escolha dos integrantes. Dr Jamal foi eleito pelos colegas porque é médico. Mas por não concordar com a CPI de doze meses, o vereador declinou. Tarde demais explicou a presidência. Dr Jamal avisou que vai renunciar. Outros quatro vereadores participam: Mário Verri, Alex Chaves, Sidney Telles e Flávio Mantovani.
A primeira reunião da CPI será na quinta-feira (28) às 8h30, quando serão escolhidos presidente e relator. Extraoficialmente, já está certo que o presidente da CPI será o vereador Flávio Mantovani e o relator Sidnei Telles.
A prefeitura não quis comentar o assunto, porque não houve reunião sobre CPI.
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