Câmara arquiva projeto de regime único para servidores de Maringá
Foto: Reprodução/Facebook

Decisão

Câmara arquiva projeto de regime único para servidores de Maringá

Política por Victor Simião em 02/03/2020 - 17:11

 A proposta do Executivo Municipal queria permitir que celetistas se tornassem estatutários. Segundo o presidente do Legislativo, a medida foi tomada por recomendação do Ministério Público. A chefia de gabinete da Prefeitura informou que irá fazer um novo projeto.

O presidente da Câmara de Maringá, vereador Mário Hossokawa (PP), arquivou o projeto de lei da Prefeitura que queria permitir que celetistas se tornassem estatutários. A decisão foi comunicada oficialmente ao Executivo Municipal na sexta-feira passada (28), embora o primeiro ofício assinado por Hossokawa informando a medida seja do dia 14 de fevereiro. 

 

Na justificativa, o presidente da Câmara informou que seguia a recomendação do Ministério Público, contrário à proposta. 

 

E foi o que ele reforçou à CBN Maringá nesta segunda-feira (02). Além disso, a Prefeitura ficou de mandar um projeto substitutivo, o que não aconteceu tem tempo, disse. 

 

Promessa de campanha de Ulisses Maia e uma das prioridades para 2020, a iniciativa quer que quem esteja sob a CLT possa se tornar estatutário.  A chefia de Gabinete da Prefeitura informou à CBN que irá fazer um novo projeto, mais claro, didático, e que irá encaminhar à Câmara nos próximos dias. 

 

O projeto de lei complementar foi enviado ao Legislativo no fim do ano passado, e demorou um ano para ficar pronto. Atualmente, a Prefeitura tem 900 servidores celetistas - de um total de 12 mil. Eles foram contratados por concurso para áreas da saúde, principalmente em programas coordenados pelo Governo Federal. 

 

A Prefeitura defende a alteração de regime porque irá reduzir custos e evitar processos trabalhistas, por exemplo. O município já pagou R$ 10 milhões em ações para celetistas - que ficam a cargo da Justiça Trabalhista, diferentemente do servidor estatutário. 

 

A sociedade civil organizada, capitaneada pelo Observatório Social, é contra, dizendo que faltam informações e que o impacto pode ser negativo no futuro, já que irá repercutir na previdência municipal. 

 

O projeto estava na Comissão de Finanças e Orçamento (CFO), que aguardava o parecer do Ministério Público para dizer se seria favorável ou não. O MP fez uma série de considerações, apontando haver falta de informações e previsão de gastos. 

 

O relatório que subsidia a proposta agora arquivada apontava que para evitar qualquer problema na previdência do município seria necessário aumentar a alíquota de contribuição do servidor, passando de 11% para 14%, mas esse ponto não estava proposto na lei.

 

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