Antes do reencontro, muita ansiedade. Aleksander Ali aguardava a mulher e a filha.
Há mais de quatro meses sem ver a família, 12 dos 38 motoristas venezuelanos contratados em junho por uma transportadora de Maringá reencontraram os familiares nesta quinta-feira (24).
O reencontro entre os refugiados da Venezuela aconteceu na sede do Sest/Senat, dentro da Missão Acolhida do Exército Brasileiro. A chegada das 49 mulheres, crianças e adolescentes foi num avião da FAB (Força Aérea Brasileira). O grupo, que estava em Roraima, estão no Brasil há três meses, mas antes precisou se regularizar. A Ximena Bitencourt não escondeu a saudade que estava do marido.
A Operação Acolhida em Maringá, missão humanitária federal, contou com a presença de diversas autoridades municipais, estaduais e federais. A Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, reforçou o apoio brasileiro aos imigrantes venezuelanos.
As 12 famílias que chegaram a cidade ficarão em casas alugadas pela Transpanorama, que serão pagas com os salários dos motoristas. Todos os imóveis foram mobiliados. O presidente do Grupo G10 Cláudio Adamuccio destaca o empenho da empresa pelo bem-estar dos refugiados.
Para o Coronel Malucelli, presidente da Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná.) o país defende os brasileiros, mas jamais poderia deixar de acolher os estrangeiros que precisam de ajuda e precisam de apoio para começar uma nova vida.
Em Maringá, os refugiados terão acesso a todos os serviços municipais. Até dezembro, a cidade receberá as outras 26 famílias dos motoristas venezuelanos contratados pela transportadora.