O fogo colocado em seis ônibus dentro da garagem da Transporte Rodoviário Cidade Verde, que fica em Sarandi, e a identificação de um diretor do Sinttromar como um dos suspeitos no caso, não devem desmobilizar o estado de greve dos trabalhadores do transporte municipal de Maringá e metropolitano. A avaliação é do sindicato, e foi dita à CBN nesta quinta-feira (24).
Na manhã de quinta, a Polícia Civil de Sarandi informou que havia a participação de um diretor do sindicato no incêndio considerado criminoso, ocorrido na madrugada de quarta-feira (23). Imagens foram divulgadas e há a participação de outras pessoas.
No dia 16 de setembro, os funcionários da Transporte Coletivo Cidade Canção e da Transporte Cidade Verde, responsáveis pelo serviço em Maringá, Sarandi, Paiçandu e outros municípios, entraram em greve. Entre outras medidas, eles pedem reajuste salarial de 2,4% e melhoria na participação dos lucros da empresa.
Após uma série de negociações que não chegaram a um acordo, o sindicato optou por suspender temporariamente a greve. Nas palavras da categoria: para mostrar disposição em chegar a uma definição. Essa decisão é de segunda-feira (21) e tem prazo: oito dias. O término é em 29 de setembro, terça-feira que vem. Até lá, se não houver acordo, a greve pode voltar. Nesse momento, os trabalhadores estão no chamado ‘estado de greve’.
E mesmo com a suspeita da Polícia Civil a greve não deve ser desmobilizada, diz o diretor do Sinttromar, Emerson Silva. [ouça no áudio acima]
A Polícia Civil disse que chegou a informação do diretor sindical a partir do depoimento de uma mulher. O sindicato reforça não ter dado nenhuma autorização a qualquer diretor para medidas violentas. O Sinttromar também considerou estranha a história envolvendo essa mulher e aguarda a investigação.
A CBN procurou a TCC e a Cidade Verde para comentar o assunto. A direção da empresa informou que a questão da greve está judicializada e aguarda alguma decisão e que prefere não fazer qualquer outro comentário.