O ex-prefeito de Astorga Arquimedes Ziroldo, conhecido como Bega, o filho dele, o contador Daniel Ziroldo, a nora dele, a servidora pública Luciana Ziroldo e um empresário foram presos nesta quinta-feira (12). Eles são acusados pelo Ministério Público de uso ilícito de consórcio público para fraudar licitações e, dessa forma, obter dinheiro público. Os quatro foram detidos durante a Operação Alavanca, do Gaeco, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado. O ex-prefeito e as outras pessoas estão presos preventivamente. Eles foram denunciados após investigação da promotoria em Astorga em parceria com o Núcleo de Londrina do Gepatria, o Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa.
O ex-prefeito foi o gestor do Cindepar, o Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado do Paraná, entre os anos de 2013 e 2016. O Ministério Público sustenta que na gestão dele quatro licitações foram vencidas por uma empresa laranja, que seria de Ziroldo. Ou seja: o dinheiro do consórcio presidido por ele teria ido para ele mesmo. Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em cinco cidades.
Quatro licitações teriam sido fraudadas. Há provas claras, disse o promotor de justiça Lucílio de Held Junior, do Ministério Público de Astroga.
Arquimedes Ziroldo foi prefeito de Astorga por duas gestões, entre 2009 e 2016.
Os quatro presos devem responder pelos crimes de organização criminosa, fraude a licitações e lavagem de dinheiro.
A CBN entrou em contato com a defesa do ex-prefeito Arquimedes Ziroldo. Por mensagem, a advogada dele informou que só poderá atender a partir das 19h. A reportagem também procurou o atual prefeito de Astorga e atual presidente do Cindespar, Antônio Carlos Lopes. Um funcionário do Consórcio informou que ele está em Curitiba e indicou a advogada de Ziroldo para falar.
O advogado Maurício Carneiro defende Daniel Ziroldo e a esposa dele, a Luciana. Ele disse que a denúncia não é verdadeira e que irá provar que os clientes são inocentes ao longo do processo. O advogado também disse que pediu a alteração para prisão domiciliar para Luciana.
Atualizado às 21h40 - A defesa do ex-prefeito informou que entrou com um pedido para revogar a prisão, e que como o processo corre em segredo de Justiça não tem mais nada a declarar.