A morte do auditor-fiscal da Receita Federal em Maringá foi um caso emblemático, que mobilizou autoridades e representantes de classe por uma resposta. Depois de 17 anos do crime, o julgamento foi realizado em Maringá e a sentença foi proferida para os acusados. A viúva de José Antônio Sevilha, Mariângela Gasparro Sevilha, disse que o resultado foi uma vitória. [ouça o áudio acima]
O julgamento do Caso Sevilha se desenrolou em vários capítulos ao longo dos anos. Foram duas dissoluções de júri e adiamentos. Em 2019 foi marcado o primeiro júri, dissolvido após dois advogados de defesa dos acusados abandonarem o tribunal. Novamente, em março de 2020, o júri precisou ser desfeito após um dos jurados apresentar problemas de saúde. A pandemia também adiou datas marcadas para o julgamento.
Finalmente, em 5 de outubro de 2022, o julgamento começava pela terceira vez. Foram 18 dias de julgamento. Dias angustiantes, relatou Mariângela. Mas o resultado significou uma felicidade, em termos, disse ela. “Ali terminava o sofrimento da minha família, mas começava o sofrimento da família deles [os acusados]”, reforçou a viúva de Sevilha. [ou áudio acima]
A sentença foi proferida na madrugada de sábado, 22 de outubro, pelo juiz presidente da sessão, Cristiano Manfrim. Dois dos três réus no julgamento foram condenados, o acusado de ser o mandante do assassinato, o emrpesário Marcos Gottlieb; e o executor do crime, Fernando da Costa. As penas de ambos, somadas, passam de 60 anos de prisão. As defesas disseram que vão recorrer da decisão. O acusado de ser o intermediador entre as partes, Moacyr Macedo, foi absolvido pelo júri.
José Antônio Sevilha foi morto em uma emboscada, no dia 29 de setembro de 2005. Ele era chefe do controle aduaneiro da Receita Federal e havia descoberto um esquema fraudulento em uma importadora de brinquedos, e aplicado autuações ao empreendimento.
A família de Sevilha esperava por uma resposta e o resultado finalmente chegou, disse Mariângela. [ouça o áudio acima]
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